27.05.2013

Emoção na Missa em Homenagem à Irmã Zuleide

Durante a Missa em homenagem à Irmã Zuleide, realizada na tarde desta segunda-feira, 27 de maio, na Capela da Santa Casa de Castelo, Frei Mário Aparecido, que presidia a celebração, citou por várias vezes o nome de algumas pessoas que participaram das primeiras edições da Festa de Corpus Christi. Na época, o tapete ficava restrito à frente da Capela e as irmãs de caridade enfeitavam a rua com folhas de mangueira e flores.

Com a Capela lotada, muitos se emocionaram quando o padre falou os nomes de: Glorinha Nemer, Itálica Ceoto, Dona Léia, Joel Piassi, Frei José Osés e Irmã Catarina. “Alguns permanecem entre nós e outros já se foram”, comentou Frei Mário visualizando lágrimas nos olhos de alguns dos presentes. Ele homenageou os organizadores dos primeiros tapetes, com a leitura de um texto sobre os "50 Anos da Festa de Corpus Christi", que hoje possui 16 quadros e passadeiras, agradecendo espiritualmente à todos que participaram da primeira confecção dos tapetes e hoje não estão mais entre nós.

"Se hoje a festa é como é, grande, em maior Glória de Deus, é porque um dia essas pessoas que já não estão aqui, começaram essa festa, lá atrás, com folhas de mangueira e flores que enfeitavam a rua da Capelinha da Santa Casa", comentou Frei Mário Aparecido, ressaltando a importância de todos que participaram das primeiras edições da festa de Corpus Christi. Esse foi o ponto onde a emoção tomou conta das primeiras fileiras da Capela, onde estavam presentes as pessoas que participaram da confecção dos primeiros tapetes.

Para a Irmã Maria de Lourdes Trabach, é um orgulho fazer parte dessa história: "Conheci Irmã Zuleide, foi ela quem cuidou do meu avô aqui na Santa Casa. Na hora da Missa eu estava pensando que Irmã Zuleide não imaginaria que a festa ia tomar essas proporções. Em todos os retiros a gente estava junto", disse Irmã Maria, que por 25 anos manteve amizade e contato direto com a Irmã Zuleide.

Dona Maria José Jordão Sasso, a Dona Zezé, participou da confecção do primeiro tapete e lembra de detalhes da época: "A gente cortava folhas dentro da Santa Casa, a convite da Irmã Zuleide, depois a gente colocava as folhas e as flores aqui na frente da capela. Depois de um tempo, começaram a fazer altares nas ruas", contou Dona Zezé, que na época tinha 28 anos.

Ao final da Missa, uma homenagem à Irmã Zuleide, em forma de música emocionou novamente quem participou da celebração. Uma placa em homenagem ao cinquentenário da Festa de Corpus Christi foi colocada na frente da Capela, com a seguinte frase “Homenagem do Povo Castelense à Zuleide Pereira da Silva, ‘Irmã Vicência’ (1928-1999), das Filhas da Caridade idealizadora da confecção dos tapetes da Festa de Corpus Christi em Castelo- ES, no ano de 1963. Festa de Corpus Christi em Castelo, 50 anos de Fé, Arte e Tradição. Castelo, ES, 27 de maio de 2013”. Abaixo da placa, pedras e palhas de café foram colocadas, lembrando os tapetes de Corpus Christi.