30.09.2013

Quatro Mil e 800 Atendimentos no

Nove horas de atendimento e 1.671 documentos expedidos gratuitamente. Este foi o saldo do “Castelo Ação de Cidadania”, onde 280 voluntários trabalharam e cerca de 1.300 pessoas foram atendidas, no mutirão realizado pela Prefeitura de Castelo juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Incra e Ministério do Desenvolvimento Agrário, que aconteceu no sábado, dia 28 de setembro, na Escola Madalena Pisa.

Das oito da manhã às cinco da tarde aconteceram 4.800 atendimentos onde foram confeccionadas gratuitamente quase 400 Carteiras de Trabalho, 200 Identidades, 400 CPF’s, 530 Certidões de Nascimento e Casamento, 35 Cartão do SUS e Cadastro Único, em primeira ou segunda via gratuitamente. Também foram oferecidos serviços de Inscrição do Segurado Especial – INSS, Orientação Jurídica, Ministério Público, Vacinação para Adultos, Aferição de Pressão Arterial, Orientação em Saúde, Aulas de Pilates, Corte de Cabelo, Maquiagem, Oficinas de Leitura, Jogos, Artes, Teatro e Dança, além de Distribuição de Mudas de Árvores.

Para atender os moradores de 62 comunidades rurais, a Prefeitura disponibilizou dez ônibus gratuitos, às sete horas da manhã, passando por todas as localidades, facilitando assim o acesso de todos que vivem no campo. Atiradores do Tiro de Guerra e voluntários organizavam as filas e encaminhavam gestantes e idosos para atendimento preferencial. Foi o caso de Raulino do Nascimento, aposentado, de 80 anos: “Tirei a segunda via da carteira de trabalho, porque a minha está muito danificada e documento tem que estar bom. Tirei também o CPF e a segunda via da carteira de identidade. O atendimento foi legal, tive preferência na fila".

E os idosos mostraram que estão mesmo interessados em estar em dia com a documentação. Aos 78 anos, o aposentado Aquino Cassaro fez questão de vir à cidade para conseguir um documento que até hoje não tinha. “Vim tirar minha primeira carteira de identidade que ainda não tenho porque tive um problema no dedo”, contou feliz o aposentado que é morador de Ponte de São João.

Enquanto os avós e pais enfrentavam filas, as crianças puderam aproveitar as oficinas de jogos, teatro, dança e leitura. “Eu gostei muito dos jogos, o melhor é o jogo da memória, de vez em quando jogo em casa, tem um jogo aqui que eu nunca brinquei não, é o do palito”, disse João Marcos Celin Salvador, que tem oito anos e estuda no segundo ano. Também foram distribuídos cachorro quente, suco, água mineral, refrigerante, almoço e frutas.

“É uma satisfação poder oferecer estes serviços gratuitos para a nossa população. Agradeço a todos que compareceram e também aos voluntários, que trabalharam durante nove horas em pleno sábado. Foi uma verdadeira demonstração de solidariedade e de cidadania”, disse o Prefeito Jair Ferraço.

De acordo com a Coordenadora do Programa de Documentação do Incra, Joana D’Arck dos Reis, o objetivo da ação foi alcançado. “As pessoas atenderam ao nosso chamado. Além da divulgação feita pela Prefeitura nos veículos de comunicação da cidade, carros de som, e nas igrejas, fizemos 22 reuniões pelas comunidades do interior e com isso conseguimos trazer seguramente mais de 2.000 pessoas da zona rural que foram atendidas pela manhã. À tarde os serviços ficaram exclusivamente para os moradores da cidade”, informou a Coordenadora.

Além dos voluntários que são servidores da Prefeitura e outros estudantes de uma Faculdade da cidade, tiveram alguns serviços prestados por trabalhadores que vieram da Grande Vitória, como o pessoal da Justiça Volante que atendeu em um ônibus do lado de fora da escola. "Aqui estamos diretamente ligados ao cliente, passando informações que eles só teriam agendando na defensoria pública, ou com um advogado particular. É bom para o cliente, porque pode fazer isso num sábado, e para o judiciário é excelente porque não vai gerar nenhum processo litigioso,  já que o objetivo é tentar conciliar, essa é a função maior. A função do mutirão é resolver principalmente as questões de conflito social, porque desafoga mesmo o Judiciário. É uma contribuição que a gente dá para a sociedade e que também dá ao judiciário", disse Marilene Maciel de Medeiros, Defensora Pública Estadual.

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