14.05.2014

Geólogos Analisam Áreas de Risco em Castelo

Uma empresa contratada pelo Governo Federal, através do Ministério da Integração Nacional, a GeoEnv, está dando continuidade aos trabalhos iniciados pela Defesa Civil Municipal, onde está acontecendo a análise do grau de periculosidade do solo e das rochas das áreas de risco de Castelo, nesta quarta e quinta-feiras, dias 14 e 15 de maio. Dois geólogos, vindos dos Estados de Santa Catarina e do Paraná, estão percorrendo os principais pontos considerados áreas de risco dentro da cidade para a coleta de dados.

“Estamos fazendo este trabalho para ter um cadastro geral de todos os municípios considerados prioritários no Brasil, ou seja, que já foram afetados por algum tipo de catástrofe. Os dados coletados aqui serão encaminhados para Brasília, onde serão compilados para servirem de base para as futuras ações de prevenção de desastres naturais”, informou a Geóloga Germaine Aline Bernhorelt, enquanto realizava análise de solo no bairro Exposição, uma das áreas de risco da cidade.

A empresa que está realizando os trabalhos é de Florianópolis (SC), e está realizando o mapeamento em Castelo através de dois geólogos vindos do Sul do Brasil: Germaine Aline Bernhorelt, que é de Santa Catarina e Alessandro Córgova, do Paraná. Outros sete municípios do Sul do Estado estão passando pelo levantamento de áreas de riscos. São eles: São José do Calçado, Bom Jesus do Norte, Mimoso do Sul, Itapemirim, Rio Novo do Sul, Ibatiba e Muqui.

Lúcio Cesconetti, Coordenador da Defesa Civil de Castelo, falou sobre a importância da realização destes trabalhos. “Esta é mais uma etapa do Plano Municipal de Redução de Riscos, onde os geólogos vieram monitorar as áreas já identificadas e verificar também se existem novas áreas, para deixar tudo documentado junto ao município, para as possíveis intervenções que vão evitar mais problemas”, informou o Coordenador.

Para a segunda etapa dos trabalhos, está prevista para os próximos dias, a visita de uma equipe com cerca de cinco pessoas, responsável pelo cadastro dos moradores das áreas consideradas de risco, passando em todas as casas destes locais, anotando o número de moradores e as características da construção da casa. O serviço é  chamado de “Geocredenciamento”, e vai incluir mapas contendo todas as casas destas áreas.

Quem mora perto de uma das áreas de risco reconhece o valor do levantamento. “É importante pra gente saber onde são os locais que podem acontecer deslizamentos e prevenir catástrofes”, disse a moradora do Bairro Exposição, Regina Aparecida Côgo Coaioto.

As informações que estão sendo colhidas por estas duas equipes, serão encaminhadas para o Ministério da Integração, em Brasília, com um banco de dados. Escolas, Postos de Saúde, Prefeituras e prédios públicos que possam conter informações úteis no momento de catástrofe serão cadastrados em Brasília, para serem utilizados, além de prevenir a perda destes documentos. Em seguida é a vez do Geoprocessamento, onde é feito o “tratamento” de tudo que foi observado até então, criando propostas de intervenção.

Vale lembrar que os trabalhos realizados no momento, visam observar as áreas de deslizamentos de encostas e blocos. A parte de inundações já foi estudada e será apresentada à população no próximo dia 21 de maio, às 18 horas, no Centro Comunitário da Igreja Matriz, em Castelo.